''Seu all star estava sujo e não transmitia calor, entrou na pequena sala branca e aconchegante com as mãos tão frias quanto o sorvete de flocos que tanto gosta, seu nariz estava vermelho devido ao vento que correra a pouco tempo com força contra o seu rosto que mantinha aquele ar de... de... de que sabia exatamente o que se passava, de que entendia realmente o que estavam pensando, de que compreendia o turbilhão de pensamentos que rodeavam a cabeça dos que estavam ao seu lado e, e como entendia! Quantas noites em que perdeu o sono só por se preocupar demais com os outros, com os problemas dos outros.Ligou o rádio afim de ter companhia e quebrar o silêncio, o eterno silêncio que sempre foi seu melhor amigo e pior inimigo. E que companhia, hum, as batidas de Let It Be nunca tiveram tanto significado como naquela noite em que a única coisa que ela gostaria de ouvir era que tudo estava bem, e que para tudo receberia uma resposta. Puxou a cortina que escondia os vidros embaçados por causa do vapor, limpou-o com as mangas da sua blusa e abriu a janela. O vento continuava forte, mas isso não foi o suficiente para as cortinas se fecharem. Pegou uma xícara de café que ainda estava quente e a segurou com as duas mãos para esquenta-las. Sentou no chão frio e lá ficou, olhando as estrelas procurando respostas para todas as suas inquietações, e as achou, porque as respostas para nossas maiores duvidas são respondidas pelas únicas pessoas que com certeza, sempre estarão conosco: nós mesmos!''
segunda-feira, 22 de março de 2010
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