terça-feira, 28 de setembro de 2010



"Saudades! Sim... talvez... e porque nao?... Se o nosso sonho foi tao alto e forte. Que bem pensara ve-lo até a morte. Deslumbrar-me de luz o coraçao! Esquecer! Para que?... ah! como é vao! Que tudo isso, amor, nos nao importe. Se ele deixou beleza que conforte. Deve-nos ser sagrado como o pao! Quantas vezes, amor, ja te esqueci, Para mais doidamente me lembrar, Mais doidamente me lembrar de ti! E quem dera que fosse sempre assim: Quanto menos quisesse recordar. Mais a saudade andasse presa a mim'!

Florbela Espanca.

Nenhum comentário:

Postar um comentário