Não
é a chuva, amor. Não é a saudade, o tempo devagar ou o vento soprando
desordenado lá fora. Não é o sol se pondo ou nascendo. Também não é pela
linha telefônica que vive a cair. É pura e simplesmente o amor. É eu
mal conseguir escrever agora porque chorei e choro ainda, meu amor.
Enquanto te disfarço felicidades, eu choro saudade. Se me calo – e muito
me calo – é para você não saber que naquele segundo eu estou implorando
amor mais do que nunca, por vergonha de precisar de ti quando eu
deveria me bastar. No momento em que o mundo me esquecer, promete que
ainda me (re)lembra?
— Camila Costa.
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